Sítio Genealógico da
Família AFRANIO PEIXOTO

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geração: 02
nome familiar: Júlio
fotos: 0001 0102 0101
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nome completo: Júlio Afranio Peixoto
nascimento: 17/DEZ/1876 em Lençóis - BA
falecimento: 12/JAN/1947 no Rio de Janeiro - RJ aos 70 anos
genealogia:

Filho de Francisco Afranio Peixoto e de Virginia de Morais Peixoto, casou-se em 1912 com a carioca Francisca de Faria Peixoto com quem teve um filho: Juca.

documentos:

- Reabertura do museu Casa Afranio Peixoto; e
- "Conferência Afranio Peixoto" de QUA-27/AGO/08.

homenagens:

- "Culto à Imortalidade" em SEG-17/DEZ/12 e "Culto à Imortalidade 2" em SAB-12/JAN/13 da Academia Nacional de Medicina Legal.

currículo 1:

Terceiro ocupante da Cadeira 7, eleito em 7 de maio de 1910, na sucessão de Euclides da Cunha e recebido em 14 de agosto de 1911 pelo Acadêmico Araripe Júnior. Recebeu os Acadêmicos Osvaldo Cruz em 26 de junho de 1913, Aloísio de Castro em 15 de abril de 1919 e Alcântara Machado em 4 de outubro de 1933. Foi sucedido por Afonso Pena Júnior.
Afrânio Peixoto (Júlio A. P.), médico legista, político, professor, crítico, ensaísta, romancista, historiador literário, nasceu em Lençóis, nas Lavras Diamantinas, BA, em 17 de dezembro de 1876, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de janeiro de 1947.
Foram seus pais o capitão Francisco Afrânio Peixoto e Virgínia de Morais Peixoto. O pai, comerciante e homem de boa cultura, transmitiu ao filho os conhecimentos que auferiu ao longo de sua vida de autodidata. Criado no interior da Bahia, cujos cenários constituem a situação de muitos dos seus romances, sua formação intelectual se fez em Salvador, onde se diplomou em Medicina, em 1897, como aluno laureado. Sua tese inaugural, Epilepsia e crime, despertou grande interesse nos meios científicos do país e do exterior. Em 1902, a chamado de Juliano Moreira, mudou-se para o Rio, onde foi inspetor de Saúde Pública (1902) e Diretor do Hospital Nacional de Alienados (1904). Após concurso, foi nomeado professor de Medicina Legal da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1907) e assumiu os cargos de professor extraordinário da Faculdade de Medicina (1911); diretor da Escola Normal do Rio de Janeiro (1915); diretor da Instrução Pública do Distrito Federal (1916); deputado federal pela Bahia (1924-1930); professor de História da Educação do Instituto de Educação do Rio de Janeiro (1932). Reitor da Universidade do Distrito Federal, em 1935. Após 40 anos de relevantes serviços à formação das novas gerações de seu país, aposentou-se.
A sua estréia na literatura se deu dentro da atmosfera do simbolismo, com a publicação, em 1900, do drama "Rosa mística", curioso e original drama em cinco atos, luxuosamente impresso em Leipzig, com uma cor para cada ato. O próprio autor renegou essa obra, anotando, no exemplar existente na Biblioteca da Academia, a observação: “incorrigível. Só o fogo.” Entre 1904 e 1906 viajou por vários países da Europa, com o propósito de ali aperfeiçoar seus conhecimentos no campo de sua especialidade, aliando também a curiosidade de arte e turismo ao interesse do estudo. Nessa primeira viagem à Europa travou conhecimento, a bordo, com a família de Alberto de Faria, futuro acadêmico, da qual viria a fazer parte, sete anos depois, ao casar-se com Francisca de Faria Peixoto. Quando da morte de Euclides da Cunha (1909), foi Afrânio Peixoto quem fez o laudo de autópsia.
Ao vir ao Rio, seu pensamento era de apenas ser médico, tanto que deixara de incursionar pela literatura após a publicação de "Rosa mística". Sua obra médico-legal-científica avolumava-se. O romance foi uma implicação a que o autor foi levado em decorrência de sua eleição para a Academia Brasileira de Letras, para a qual fora eleito à revelia, quando se achava no Egito, em sua segunda viagem ao exterior. Começou a escrever o romance "A Esfinge", o que fez em três meses antes da posse em 14 de agosto de 1911. O Egito inspirou-lhe o título e a trama novelesca, o eterno conflito entre o homem e a mulher que se querem, transposto para o ambiente requintado da sociedade carioca, com o então tradicional veraneio em Petrópolis, as conversas do mundanismo, versando sobre política, negócios da Bolsa, assuntos literários e artísticos, viagens ao exterior. Em certo momento, no capítulo “O Barro Branco”, conduz o personagem principal, Paulo, a uma cidade do interior, em visita a familiares ali residentes. Demonstra-nos Afrânio, nessa páginas, os aspectos da força telúrica com que impregnou a sua obra novelesca. O romance, publicado em 1911, obteve um sucesso incomum e colocou seu autor em posto de destaque na galeria dos ficcionistas brasileiros. Na trilogia de romances regionalistas "Maria Bonita" (1914) "Fruta do mato" (1920) e "Bugrinha" (1922). Entre os romances urbanos escreveu “As razões do coração” (1925), “Uma mulher como as outras” (1928) e “Sinhazinha” (1929).
Dotado de personalidade fascinante, irradiante, animadora, além de ser um grande causeur e um primoroso conferencista, conquistava pessoas e auditórios pela palavra inteligente e encantadora. Como sucesso de crítica e prestígio popular, poucos escritores se igualaram na época a Afrânio Peixoto. Na Academia, teve também intensa atividade. Pertenceu à Comissão de Redação da Revista (1911-1920); à Comissão de Bibliografia (1918) e à Comissão de Lexicografia (1920 e 1922). Presidente da Casa de Machado de Assis em 1923, promoveu, junto ao embaixador da França, Alexandre Conty, a doação pelo governo francês do palácio Petit Trianon(*), construído para a Exposição da França no Centenário da Independência do Brasil. Em 1923 criou a Biblioteca de Cultura Nacional dividida em: História, Literatura, Dispersos e Bio-bibliografia, iniciando esta série com a biografia de Castro Alves. Em sua homenagem a coleção passou a ter o nome de Coleção Afrânio Peixoto.
Como ensaísta escreveu importantes estudos sobre Camões, Castro Alves e Euclides da Cunha.
Em 1941 visitou a terra natal, Bahia, depois de 30 anos de ausência e publicou 2 livros: “Breviário da Bahia” (1945) e “Livro de Horas” (1947).
Afrânio Peixoto procurou resumir sua biografia o seu intenso labor intelectual exercido na cátedra e nas centenas de obras que publicou em dois versos: “Estudou e escreveu, nada mais lhe aconteceu.”
Era membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia das Ciências de Lisboa; da Academia Nacional de Medicina Legal, do Instituto de Medicina de Madri e de outras instituições.

fonte: texto e foto extraídos do sítio oficial da Academia Brasileira de Letras. Conheça também a Coleção Afrânio Peixoto, criada em 1931 pela ABL em sua homenagem.
(*)-nota do desenhista: atual sede da ABL.

currículo 2:

Escritor e professor, formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia, com a defesa da tese "Epilepsia e Crime" (1897), e, por concurso, foi nomeado preparador da cadeira de Medicina Legal da mesma faculdade (1901). No ano seguinte, passou a catedrático de Medicina Pública na Faculdade Livre de Direito de Salvador (1906). Transferiu-se depois para o Rio de Janeiro, onde foi professor substituto das cadeiras de Higiene e de Medicina Legal da Faculdade de Medicina e diretor do Serviço de Medicina Legal da Polícia (de 1907 a 1911). Em 1910, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e, em 1923, presidiu essa instituição. Lecionou em diversas faculdades e escolas da então capital da República; foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia de Ciência de Lisboa e do Instituto de Medicina Legal de Madri. Foi também deputado federal pela Bahia no período legislativo de 1924/30. Como escritor, deixou obra vastíssima, compreendendo livros sobre medicina, direito, história, folclore, educação, ficção, crônicas, etc.. Defendeu a modernização dos métodos pedagógicos, publicando em 1933 "Ensinar a Ensinar" e "Escola Nova". Seu êxito como ficcionista decorre da capacidade de observação do estado psicológico dos personagens, favorecido por amplos conhecimentos científicos. Os romances regionais fazem dele um escritor de cunho nacional. Estreou com "Rosa Mística" (1900) e dez anos depois publicou "A Esfinge", a que se seguiram "Maria Bonita" (1914), "Trovas Brasileiras" (1919), "Fruta do Mato" (1920) e, ainda, "Dicionário dos Luzíadas" (1924).

fonte: Dicionário Biográfico da Enciclopédia Abril, Volume 2.

Outros sítios que citam o nome de Júlio Afranio Peixoto são: o da Wikipedia, o da Psychiatry on Line Brazil, o da Universidade Federal de Campina Grande e o do Instituto Histórico e Geográfico de Santos.

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